Tendência no mundo da arquitetura e decoração é uma coisa relativa. Uns simplesmente dizem que atualmente não existe, que os projetos nascem de uma combinação do traço do arquiteto com a imaginação do cliente e as especificações relativas à topografia e função da obra. Outros, afirmam que a moda, com suas cores e texturas, dita a paleta do momento, que vai predominar nos revestimentos da casa ou escritório, e que certos elementos arquitetônicos ganham mais destaque em cada período. Nesta edição da InterArq Interior, percebemos motivos para dar razão às duas linhas de pensamento. De um lado, os 31 projetos residenciais e corporativos se mostram personalizados, únicos nas suas diferentes formas de acomodar diferentes cotidianos. Ponto para quem não acredita em tendências. Por outra ótica, parece haver um inconsciente coletivo (ou será tendência?) sobre determinados aspectos como, por exemplo, a ideia de misturar móveis herdados da avó com a última novidade do design internacional, de reciclar, de unir visualmente cozinha, sala, varanda e jardim. Enfim, parece não haver um consenso, mas em algo todos nós concordamos: a casa, a morada, se mostra cada vez mais um item fundamental para dar bem-estar ao ser humano. Ganhou de vez o status de local para recarregar as energias. Talvez, por isso, no mundo e aqui no interior de São Paulo, estejam cada vez mais bonitas e receptivas. Boa leitura!