As PANCs – Plantas Alimentícias Não Convencionais – podem ser plantas que se proliferam com facilidade em quintais e canteiros, muitas vezes sendo confundidas com as “ervas daninhas”, mas também podem ser as partes de plantas que comemos diariamente e descartamos, como o coração da bananeira, cheio de proteínas e minerais. A verdade é que elas possuem um potencial nutritivo maior do que aquelas plantas que foram “domesticadas” e, para melhorar, são resistentes ao clima e às pragas, o que dificulta você encontrar uma transgênica ou que teve uso de agrotóxicos. Estima-se que nosso país possua cerca de 10 mil espécies próprias. Você pode conhecer muitas delas e sequer imagina o quanto são benéficas para a saúde: a Saião tem folhas bastante utilizadas para tratar gastrites e úlceras; a Ora-pro-nóbis, conhecida como a “carne vegetal”, é rica em proteína e pode ser consumida até crua; a Beldroega é fonte de Ômega 3 e possui alto poder antioxidade; a Erva-Jabuti, comum em áreas úmidas, é rica em ferro e bastante indicada para o controle da hipertensão e colesterol; o Dente-de-Leão é uma ótima fonte de cálcio e vitamina C; e até mesmo a casca da batata, que geralmente vai pro lixo, possui propriedades que auxiliam no combate e tratamento de algumas doenças. Todas podem ser usadas de várias formas na cozinha, como saladas, sobremesas, massas, sucos ou refogadas, podendo agregar muito valor nutritivo ao seu cardápio diário e te proporcionar uma alimentação mais saudável e natural de forma prática. Mas, adequar as técnicas de cozinha convencionais e adicioná-las na nossa alimentação requer alguns cuidados e conhecimentos de como preparar cada vegetal, pois algumas tendem a amarrar a boca. O ideal é que você procure um nutricionista de sua confiança, assim é possível elaborar receitas e o melhor plano nutritivo para você saborear e se beneficiar completamente de toda essa saúde disposta na natureza.