DIUs hormonais são dispositivos introduzidos no interior do útero, que liberam uma pequena quantidade de progesterona continuamente. No Brasil, existem dois modelos de DIUs hormonais: o DIU Mirena e o DIU Kyleena. Os dois possuem uma duração de cinco anos no organismo feminino. Além disto, ambos possuem ação semelhante: afinam o endométrio e alteram o muco cervical, fazendo com que o ambiente não seja propício à fecundação, o que impede uma possível gravidez. Entretanto, apenas o tradicional Mirena é recomendado para tratar pacientes com sangramento menstrual intenso. O novo Kyleena não possui esta indicação.

O Kyleena (lê-se “Cailina”) foi desenvolvido a fim de adaptar-se às mulheres com um canal cervical estreito ou com uma cavidade uterina reduzida (como é o caso daquelas que ainda não tiveram filhos). Seu tamanho mínimo, 30mm de comprimento por 28mm de largura e 1,55mm de espessura, é uma das vantagens para a implantação em úteros pequenos, comuns em adolescentes. Outro diferencial é sua baixa dose hormonal: o DIU Kyleena apresenta em seu interior somente 19,5mg de hormônio armazenado – enquanto o Mirena tem 52mg, o que gera menos efeitos colaterais se comparado aos outros métodos, como tonturas, cólicas intensas, mudanças de humor e ganho de peso. É válido ressaltar que a eficiência de ambos é significativamente elevada e praticamente a mesma, com uma taxa de falha de 0,2% ao ano.

Vale ter em mente que mesmo sendo métodos semelhantes em diversos aspectos, cada um possui suas indicações específicas para cada perfil de paciente. Por isso, a decisão entre qualquer método contraceptivo tem de ser conduzida por um médico ginecologista, que alinhe as expectativas e necessidades reais para cada mulher.