Pensando em todos os aspectos da alimentação, a nutrição comportamental foca na boa relação com os alimentos
O número de pessoas que desejam emagrecer é quase o mesmo daqueles que não retornam aos consultórios dos nutricionistas por não conseguirem aderir à dieta. Um dos motivos para que isso ocorra é o fato das pessoas não se sentirem estimuladas a seguir dietas tão restritivas, que afetam não apenas a rotina alimentar como também a parte psicológica.
Com o objetivo de tentar ajudar as pessoas a alterarem a sua relação com a comida, um novo olhar da nutrição, intitulado Nutrição Comportamental, vem ganhando cada vez mais adeptos por sua metodologia mais humanizada e acolhedora. O seu foco está em restabelecer a boa relação das pessoas com os alimentos, incentivando o consumo consciente, ou seja, pensar o porquê de estar se alimentando, além das vontades e necessidades do corpo desde o momento da montagem do prato até a ingestão dos alimentos escolhidos. Nessa modalidade, as consultas funcionam de uma maneira diferente do que os pacientes estão acostumados a encontrar nos consultórios. São verdadeiras sessões de terapia, com tratamentos personalizados que focam na reeducação alimentar e nas causas da relação problemática com os alimentos, como traumas, medos, transtornos alimentares, quadros de ansiedade ligados à comida, entre outros.
Acreditando que só é possível entender os sinais do corpo quando se está presente, um dos principais passos da técnica é dedicar um tempo para as refeições. Ingerir os alimentos com calma, pensando em cada um deles quando colocados na boca, seus gostos e texturas são a parte fundamental do tratamento. Além disso, os nutricionistas que seguem esse novo campo enfatizam a importância de não classificar os alimentos entre bons e ruins, já que essa atitude pode desencadear comportamentos alimentares disfuncionais.
Dessa forma, ao pensar em todos os aspectos que envolvem o momento da alimentação, incluindo a fome física e a emocional, essa nova maneira de ver a nutrição busca melhorar os hábitos alimentares, autoestima e, de quebra, a perda de peso saudável e duradora.