A região da Borgonha apresenta vinhos impressionantes e lendários
Com um enorme prestígio, a região francesa da Borgonha é lendária por produzir alguns dos melhores vinhos tintos e brancos do mundo. A maioria de seus vinhos utilizam sempre a mesma uva – nos tintos, a Pinot Noir e, nos brancos, a Chardonnay. Lá, os vinhedos recobrem as colinas com propriedades de estilos e técnicas de vinificação ímpares. Suas parreiras são seculares: os primeiros registros datam no ano 1375, mas existem evidências que a Pinot Noir é cultivada há mais de dois mil anos. Com isso, um vinho feito da mesma uva, mas em “terroir” diferente é capaz de apresentar nuances distintas, atribuídas pelo solo, clima e todo o entorno que a cerca. Os vinhos são classificados em exatamente 100 denominações diferentes, chamadas na França de “AOC”, Appellations d’Origine Contrôlée (Denominações de Origem Controlada), em função da multiplicidade das condições naturais e climáticas do local. Classificados em Grand Cru (os melhores), Premier Cru, AOC Comunal e AOC Régional, possuem essas nominações por conta de seu “climat” (termo usado na Borgonha para “terroir”), isto é, o solo no qual as uvas são plantadas. A Borgonha possui sub-regiões e tem na Côte d’Or, região que fica entre Dijon e o sul da cidade de Beaune, a maior parte dos premier crus e grands crus. A Côte d’Or foi dividida em duas partes: a Cône de Nuits, onde estão os vinhos tintos, e a Côte de Beaune, onde dominam os brancos. Disputadíssimos pelos enófilos do mundo todo, os vinhos da Romanée-Conti ficam na região de VosneRomanée, em Côte de Nuits. Ali são feitas 450 caixas de vinho, que chegam a custar mais de cinco mil euros por uma única garrafa de uma safra recente.