Sabores únicos e marcantes definem o vinho Jerez

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Sabores únicos e marcantes definem o vinho Jerez

Sabores únicos e marcantes definem o vinho Jerez


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Um dos vinhos mais antigos do mundo, o Jerez – também conhecido como Sherry e Xerez – é uma
bebida fortificada, ideal para acompanhar queijos, peixes, carnes e sobremesas, além de ser excelente base para a coquetelaria. Sua produção acontece somente em uma pequena região da ensolarada Andaluzia, nas cidades de Jerez de La Frontera, Sanlúcar de Barrameda e El Puerto de Santa Maria, onde o clima e o solo peculiares desta região espanhola tornam possível a elaboração desta bebida complexa.

Os vinhos dispostos nos barris da vinícola Lustau. Na página ao lado as tonalidades que o vinho pode ter, dependendo do seu estilo. Acima, na sequência: Manzanilla, Fino, Amontillado, Oloroso e Palo Cortado. Abaixo: Pale Cream, Medium, Cream, Moscatel e Pedro Ximenez.

Para elaborar o vinho tipo seco ou doce, depende do método de vinificação utilizado na elaboração do Jerez. Por exemplo, os Fino ou Manzanilla são secos e feitos com a uva branca Palomiro. Para a sua fabricação, a bebida recebe uma aguardente com graduação alcoólica abaixo de 15,5% e passa por uma fermentação biológica nas barricas. Para que isto ocorra, são preenchidos somente 3/4 da mistura nos barris, após isso forma-se uma camada de branca de levedura denominada ‘fermento flor’, que protege o vinho do oxigênio, não deixando oxidar. E assim cria uma bebida com notas minerais, de paladar seco e levemente salgado. Sendo que o Manzanilla é o mais salgado deste tipo e só pode ser produzido em Sanlúcar de Barrameda.

 

01 e 03 | Os Fino e Oloroso da vinícola Marqués del Real Tesoro, que você pode encontar na Decanter Rio Preto e Ribeirão Preto; 02 | Importado pela Mistral, o Pedro Ximenez Viejo Triana, da vinícola Hidalgo; 04 | Da vinícola Tio Pepe, Jerez Palomino Fino, assinado pela bodega González Byass; 05 | La Guita Manzanilla, do Grupo Estevez, leva a assinatura do enólogo Eduardo Ojeda.

Os Oloroso possuem um método um pouco diferente, a aguardente disposta nas bebidas das barricas possui um teor alcoólico mais elevado e com isso a flor não se forma, fazendo com que o vinho passe por um processo oxidativo extremo – quando a bebida entra contato direto com o ar no barril – e resulte em uma bebida mais alcoólica que pode chegar a mais de 24% de graduação. Já o Amontillado une estes dois processos – do Fino e do Oloroso – onde a flor nasce nas barricas, mas desaparece depois de anos nela e assim a bebida entra em contato com o ar provocando a oxidação dela. O Palo Cortado usa o mesmo método de vinificação que o Amontillado, mas de forma diferente. Para que a flor se extinga é adicionado mais álcool para que o processo ocorra mais cedo.

Os Doces temos o Pedro Ximenez, que para fortificar utiliza o mosto não fermentado da uva branca Pedro Ximenez e depois o coloca na barrica ¼ vazia para passar por um processo oxidativo. O resultado é o vinho de sobremesa mais doce dentre todos. Outro vinho deste estilo que usa o mesmo modo de fabricação que o Pedro Ximenes é o Moscatel, a sua diferença é o uso da casta Moscatel no lugar da outra uva.

Há outros estilos de vinhos mais doces, como o Cream (uma combinação de Oloroso e Pedro
Ximenez), o Pale Cream (base Fino misturado com mosto de uva) e o Medium (base Amontillado com Pedro Ximenez). Os vinhos Jerez, em todas as suas especificidades e tipos, trazem uma experiência única para o paladar, agradando a todos os gostos com muito requinte e sofisticação.