Existem diversas versões sobre a sua origem, uma delas é a de que o Vinho do Porto foi criado no século 17, por mercadores ingleses na época da proibição da importação de vinhos franceses para a Inglaterra. O objetivo era evitar que os vinhos da região do Douro azedassem durante o transporte nos navios. Então, eles adicionaram uma espécie de bebida destilada, elaborada a partir de uvas. A outra é que o processo já era conhecido e utilizado anteriormente pelos portugueses, mas como a Inglaterra não tinha acordo comercial com o país,
eles não conheciam sobre a bebida. O aumento da demanda pelos ingleses contribuiu muito para o crescimento e desenvolvimento da região do Douro e, quando os franceses reestabeleceram as relações
comerciais, a exportação do Vinho do Porto já estava consolidada. Um dos mais célebres vinhos do mundo, o Porto faz parte da Denominação de Origem (D.O) de Douro, área conhecida por originar excelentes vinhos e,
para que tenha essa nomenclatura, deve ser feito seguindo as normas de produção estabelecidas pela região de origem. No Douro estão plantadas diferentes cepas de uvas, as mais usadas para o tinto do Porto são a Touriga
Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca, Tinta Cão e Tinta Barroca. Já para o vinho branco, são usadas uvas brancas, como a Malvasia Fina, a Donzelinho, a Gouveio, a Códega e a Rabigato. Mas outros tipos de uvas também são permitidos. O Vinho do Porto é uma bebida fortificada, encorpada e doce, para a sua elaboração é necessário a adição de aguardente vínica no mosto durante a etapa de fermentação. Com isso, por conta do elevado teor alcóolico do destilado, o processo de levedura cessa e o de fermentação também, o que resulta em
um vinho doce e de graduação alcóolica elevada, chegando em torno de 20%. Após isso, ele é maturado em barris de carvalho. Sua classificação depende do tempo que fica nos barris, se estagiar por dois ou três anos, é chamado de Ruby, se for mais tempo, é denominado Tawny. Os mais prestigiados são os Vintages, elaborados com uvas da mesma safra e envelhecidos por dois a três anos em madeira e engarrafados. Uma característica
marcante é a variação de sua coloração, que pode mudar de acordo com o seu tempo de contato com a madeira, sendo os mais velhos, os mais claros. Segundo Sergio Musolino e Sabrina Puglieri, da Decanter Rio Preto e Ribeirão Preto, para se ter uma experiência completa ao degustar um bom Porto, o melhor é tomá-lo em taças maiores que cálices, onde eles possam oxigenar e respirar por conta do alto grau de álcool presente. Diferente de que muitos pensam, eles devem ser servidos gelados, em uma temperatura de vinho branco, para que se possa sentir seus elementos, como a acidez e os taninos. Além disso, a bebida harmoniza muito bem com comida gordurosa, chocolate e panetone, finalizam Musolino e Puglieri.

Na página ao lado, o Honore Porto faz parte de uma edição comemorativa de 400 anos de história da Quinta do Crasto. É um Porto Tawny, com mais de 100 anos, proveniente de um número muito reduzido de cascos,
resultando em um sabor ímpar.

Encontrado na Bekaa, o Porto Aged Tawny, da Quinta do Portal, conta com um envelhecimento de 10 anos. É um rótulo produzido a partir de castas tradicionais por uma das vinícolas mais consagradas da região do Douro.

Engarrafado e lançado em meados de 2012 em homenagem ao Jubileu de Diamante da Rainha Elizabeth
II, o Porto Grahams Colheita 1952 é um vinho único, de edição limitada, com 60 anos de colheita. Conta com
sabores e aromas complexos e harmoniosos, além de um frescor inigualável.

Da vinícola Fonseca, encontrado na Decanter, o Porto Ruby é envelhecido por três anos em grandes tonéis de madeira, seu resultado provém das uvas Touriga Francesa, Tinta Roriz, Touriga Nacional, Tinta Barroca
e Tinto Cão.

O Quinta do Vale Meão, da Mistral, é um Porto Vintage de 2018.

Vinho do Porto Ferreira Branco, de uma das vínicolas mais importantes na produção destes vinho, a Casa Ferreirinha.

Também da Casa Ferreirinha, o Porto Ferreira Dona Antónia Tawny 30 Anos, produzido a partir de quatro uvas diferentes, Tinta Barroca, Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional.