Vinho Primitivo! Saiba as principais características desta bebida singular

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Vinho Primitivo! Saiba as principais características desta bebida singular

Vinho Primitivo! Saiba as principais características desta bebida singular


Ao longo dos últimos anos o vinho produzido com a uva Primitivo vem apresentando grandes mudanças em sua elaboração, pois seus produtores compreenderam que era possível fabricar vinhos com características únicas, que hoje se destacam entre os melhores rótulos italianos.

Para falar da uva, precisamos contar um pouco de sua história. Existem evidências de que suas raízes são croatas, da casta Croatina, trazidas pelos gregos pelo mar Adriático no século XIII, para a região da Puglia – localizada no calcanhar da bota. Os italianos a batizaram de Primitivo, do latim primativus, que significa “a primeira a amadurecer” e faz referência à época de sua colheita.

Relatos dizem que com a criação de uma rota comercial entre a Itália e o leste europeu, a uva foi sendo plantada ao longo dela e se aclimatou na região do Vêneto, que passou a se chamar de Corvina Veronese. Depois, com a queda do Império Romano e a ascensão do Otomano, o leste Europeu começou a ter influências otomanas, onde mudou-se a grafia e o idioma da região e começou a se chamar de Plavac Meliki.

Já no século XIX, os italianos levaram a uva da Europa para os Estados Unidos, onde ela também se aclimatou bem aos ares californianos e ganhou o nome de Zinfadel. “Se você fizer uma degustação às cegas e colocar vinhos com o mesmo nível de qualidade e estilo de produção feitos com as uvas Primitivo, Corvina Veronese, Plavac Meliki e Zinfandel, você não consegue identificar qual é qual pela semelhança muito próxima de seus sabores”, diz Sergio Mussolino, da @decanterriopreto.

Por sua colheita ser realizada precocemente ela possui boa estrutura, taninos finos, acidez bastante equilibrada e graduação alcoólica relativamente alta, onde se cria vinhos complexos – brancos, rosés e tintos – de coloração forte e aromas leves. Essas características estão relacionadas ao clima quente e seco, com ventos que sopram do mar Adriático, e ao “terroir” com planícies levemente inclinadas que se estendem até a região marítima, com diferentes tipos de solo – vermelhos, vulcânicos e com calcário -, essenciais para oferecer um conjunto ímpar de particularidades que criam vinhos gastronômicos cada vez mais atraentes para seus apreciadores.

Um dos vinhos mais respeitados, feitos com a Primitivo na região da Puglia, são os produzidos na cidade de Manduria e seus arredores: o DOC Primitivo di Manduria. A sua denominação de origem é uma das mais antigas do sul do país, data-se de 1974, onde todos os produtores seguem um rigoroso controle como amadurecimento em barricas de carvalho de pelo menos cinco meses e ter teor alcoólico a partir de 13,5%. Além disso, também exigem que a casta componha pelo menos 85% do vinho. O responsável pela Denominazione di Orige Protetta Primitivo di Manduria é o enólogo da Felline, Gregory Perrucci, o pioneiro em produzir este tipo de vinho. Para manter sempre a qualidade dos vinhos, ele fundou a Accademia dei Racemi junto de talentosos enólogos a fim de identificar, melhorar, retrabalhar e desenvolver as uvas daquele “terroir”.

 

Primitivo Di Manduria Archidamo e Primitivo Di Manduria Archidamo Dunico, vinhos da vínicola Fellini do enólogo Gregory Perrucci, pioneiro na produção de vinhos mais elaborados e um dos criadores da denominação de origem do vinho que mantém todas as suas características ímpares você encontra na @decanterriopreto;

Gianfranco Fino Primitivo de Manduria Es, da vinícola do premiado enólogo Gianfranco Fino.